terça-feira, 21 de junho de 2011

"Mobilidade no trânsito requer meio de transporte alternativo e tecnologia", por Assessoria de Imprensa Perkons: a situação do trânsito é cada vez mais insustentável

O assunto mobilidade está ganhando relevância. A revista Época publicou, há duas semanas, uma edição especial com previsões de como estará o Brasil daqui a dez anos. O trânsito foi um dos assuntos destacados, junto com economia, emprego, educação, saúde e violência, que, tradicionalmente, sempre tiveram mais espaço e mereceram a atenção de especialistas.
A mobilidade, principalmente nas grandes cidades, é um tema que preocupa porque já se sente a falta dela. Em um ano, de acordo com dados do Denatran, a frota brasileira cresceu 10%, passando de pouco mais de 50 milhões de veículos em janeiro de 2008 para 54,8 em janeiro deste ano, de acordo com dados do Denatran.
"Os congestionamentos ficarão muito pior", avalia o engenheiro de transporte, Alan Cannell. "Em poucos anos, não vai importar onde você vai estar. Entre 18h30 e 19h30, vai ficar parado no trânsito".
Outro problema apontado por Cannell é o alto custo gerado pelos congestionamentos. "Se um ônibus leva muito tempo para ir de um destino ao outro, consequentemente precisamos de mais ônibus, o que encarece o custo do transporte", afirma.
Para ele, a solução é investir em alternativas de transporte que garantam uma melhor mobilidade, como transporte coletivo, uso de bicicleta e incentivo a caminhadas. "Temos que fazer o que os outros países estão fazendo", diz.
O uso de equipamentos de monitoramento eletrônico de trânsito, já bastante empregados como aliados na prevenção de acidentes, também pode ser um aliado em favor da mobilidade. Eles oferecem informações confiáveis e precisas como fluxo de veículos por categoria e hora em cada rua ou avenida monitorada, oferecendo um raio x completo do comportamento do motorista no trânsito.
"Essas informações permitem que o gestor de trânsito analise tendências e comportamentos, úteis para contornar e prevenir congestionamentos, controlando, por exemplo, os tempos de semáforos de acordo com o fluxo de veículos em tempo real, ou ainda determinando rotas alternativas para horários de pico", afirma o diretor da Perkons e engenheiro especialista em trânsito, José Mario de Andrade.
Andrade explica que, hoje, isso não acontece porque os equipamentos disponíveis para segurança e gestão de trânsito são utilizados separadamente, cada um exercendo uma única função, geralmente a fiscalização de velocidade e avanço de sinal vermelho. "Não há integração. Tecnologia de trânsito não pode ser vista como sinônimo de controle de velocidade e aplicação de multas. Bem aplicada, é aliada na busca de soluções".
A solução passa ainda por otimizar o uso de centros de controle, trabalhando de forma mais integrada com a polícia e centrais de socorro, acompanhando em tempo real imagens do que acontece nos pontos onde há fiscalização eletrônica. Essas imagens permitem intervenção e socorros rápidos em casos de acidentes ou veículos parados na pista. "Ao diminuir o tempo de socorro, é possível diminuir também o tempo de congestionamento", diz Andrade.
Integrada ao sistema de transporte, a tecnologia pode oferecer prioridade à passagem de ônibus e monitorar o respeito a faixas exclusivas. "A realidade pede mais inteligência e menos trabalho braçal. As ferramentas e as informações estão disponíveis", afirma Andrade.

Retirado de http://www.perkons.com/?page=noticias&sub=ultimas-noticias&subid=6333 em 08/06/09

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